Surdez e aprendizagem da língua escrita
Os surdos, assim como grande parte de nossa população ouvinte, não tiveram oportunidade de interagir
significativamente com materiais escritos. As oportunidades educacionais têm sido escassas e insuficientes.
Acrescenta-se o fato de que foram objeto de um severo isolamento lingüístico, que durou mais de cem anos,
período em que lhes foi negado o direito ao uso da língua de sinais.
As diferenças, quantitativas e qualitativas, entre as oportunidades de que dispõe uma criança ouvinte para
aprender a ler e as que se ofereciam a uma criança surda são dolorosamente discrepantes. Uma criança ouvinte, que está iniciando sua aprendizagem da leitura e da escrita, possui uma linguagem normalmente desenvolvida, se comunica sem restrições com o seu meio e tem um vocabulário de vários milhares de palavras. Estas palavras e idéias que evocam, reencontradas no texto escrito, são plenas de significado, porque a criança tem o conceito de referência. Com isto pode conversar sobre o escrito com outros leitores. O mesmo não acontece com a criança surda. Esta, via de regra, não dispõe da linguagem oral suficiente para a interação com o material escrito.
No nosso modo de ver, só há uma maneira de aprender a ler e escrever: dar significado ao texto escrito, sem a mediação da língua oral. Para a criança surda, devem-se dar as mesmas oportunidades que têm os ouvintes para aprender a ler. Melhor dizendo, devem-se dar condições ótimas que merecem todas as crianças. É imprescindível, antes de qualquer coisa, normalizar o desenvolvimento de linguagem da criança surda, através da aquisição da língua de sinais. É imperiosa a tarefa de criar um ambiente de leitura para a criança surda, no qual a língua escrita seja usada de maneira pertinente e significativa. É importantíssimo que permita à criança surda colocar em jogo suas competências lingüísticas por meio da língua de sinais, para que quando leia um texto, pense em sua língua de sinais e fale nesta língua sobre o escrito, com seus pares e com adultos leitores. Nestas condições, acreditamos que os surdos podem aprender a ler e escrever, que o surdo pode vir a ser um leitor eficiente, que poderá ter um desempenho igual ao dos ouvintes. Entretanto, é preciso criar condições favoráveis para o aprendizado.
Nesse sentido, a criação de materiais didático-pedagógicos, entre os quais, brinquedos, que utilizem a língua de sinais, pode ser um elemento chave para a significação da língua escrita por surdos.
Os surdos, assim como grande parte de nossa população ouvinte, não tiveram oportunidade de interagir
significativamente com materiais escritos. As oportunidades educacionais têm sido escassas e insuficientes.
Acrescenta-se o fato de que foram objeto de um severo isolamento lingüístico, que durou mais de cem anos,
período em que lhes foi negado o direito ao uso da língua de sinais.
As diferenças, quantitativas e qualitativas, entre as oportunidades de que dispõe uma criança ouvinte para
aprender a ler e as que se ofereciam a uma criança surda são dolorosamente discrepantes. Uma criança ouvinte, que está iniciando sua aprendizagem da leitura e da escrita, possui uma linguagem normalmente desenvolvida, se comunica sem restrições com o seu meio e tem um vocabulário de vários milhares de palavras. Estas palavras e idéias que evocam, reencontradas no texto escrito, são plenas de significado, porque a criança tem o conceito de referência. Com isto pode conversar sobre o escrito com outros leitores. O mesmo não acontece com a criança surda. Esta, via de regra, não dispõe da linguagem oral suficiente para a interação com o material escrito.
No nosso modo de ver, só há uma maneira de aprender a ler e escrever: dar significado ao texto escrito, sem a mediação da língua oral. Para a criança surda, devem-se dar as mesmas oportunidades que têm os ouvintes para aprender a ler. Melhor dizendo, devem-se dar condições ótimas que merecem todas as crianças. É imprescindível, antes de qualquer coisa, normalizar o desenvolvimento de linguagem da criança surda, através da aquisição da língua de sinais. É imperiosa a tarefa de criar um ambiente de leitura para a criança surda, no qual a língua escrita seja usada de maneira pertinente e significativa. É importantíssimo que permita à criança surda colocar em jogo suas competências lingüísticas por meio da língua de sinais, para que quando leia um texto, pense em sua língua de sinais e fale nesta língua sobre o escrito, com seus pares e com adultos leitores. Nestas condições, acreditamos que os surdos podem aprender a ler e escrever, que o surdo pode vir a ser um leitor eficiente, que poderá ter um desempenho igual ao dos ouvintes. Entretanto, é preciso criar condições favoráveis para o aprendizado.
Nesse sentido, a criação de materiais didático-pedagógicos, entre os quais, brinquedos, que utilizem a língua de sinais, pode ser um elemento chave para a significação da língua escrita por surdos.
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