quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A psicomotricidade relacional e a ludicidade para criança portadora da síndrome de Down

A psicomotricidade relacional e a ludicidade
A finalidade da psicomotricidade relacional é de ser um meio lúdico-educativo para a criança
expressar-se por intermédio do jogo e do exercício. Deve permitir às crianças a exploração corporal diversa do espaço, dos objetos e materiais, facilitar a comunicação das crianças por intermédio da expressividade motriz, potenciar as atividades grupais, também favorecer a liberação das emoções e conflitos por intermédio do vivenciamento simbólico. Nesse sentido a psicomotricidade de acordo com Negrine (1995) possui três âncoras: a comunicação; a exploração corporal e a vivência simbólica.
O aspecto fundamental se caracteriza pelo favorecimento do movimento naturalista da
criança, bem como a vivência relacional com os iguais, professores e objetos. A estrutura das aulas deve favorecer as relações comunicativas, a exploração corporal e o vivenciamento simbólico entre os participantes. Negrine (1995) explica que a visão naturalista do movimento compreende a criança como uma totalidade que num espaço lúdico-educativo aprende e se desenvolve ao exteriorizar-se.
Através das atividades expressivas, a plasticidade corporal permite que ela se comunique com os objetos, com os adultos e com os iguais.
O diferencial da prática pedagógica se situa no nível da intervenção do adulto como forma de
favorecer o desenvolvimento das crianças participantes. Nesse sentido Negrine (1995) desenvolve a prática da psicomotricidade estruturada em rotinas que auxiliam a organizar o desenvolvimento das atividades, bem como oportunizar aos professores o uso de diferentes estratégias e implicações pedagógicas a fim de favorecer evolução nos comportamentos das crianças participantes. A estrutura da sessão deve ter três momentos bem distintos que são: o ritual de entrada, a sessão propriamente dita e o ritual de saída.
A dinâmica da sessão consiste em oferecer espaço, objetos e materiais para a criança,
esperando que ela se exteriorize, exercitando-se ou jogando, individualmente ou em grupo. O papel do professor é atender à demanda da criança; atuar sempre que for solicitado, isto é, adotar uma postura de ajuda; sugerir, desafiar, provocar uma atuação lúdica, sempre em uma situação de escuta.
Percebemos que a estrutura da aula deve refletir os propósitos para o desenvolvimento das
finalidades educativas, também em permitir aos professores as possibilidades de estrategizar as intervenções pedagógicas em acordo com a circunstância, isto é, auxiliar às crianças em acordo com as suas necessidades de aprendizagem.
Destacamos que os aspectos apresentados são a provocação relacional entre as crianças, do  vivenciamento motriz com diversos modelos, do exercício de comportamentos diferenciados em acordo com o momento da aula, que requisita ora maior concentração e projeção, escuta e verbalização, como também a expressividade por intermédio do jogo e do exercício.

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